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Tua Saúde

domingo, 8 de dezembro de 2019

Estas 4 plantas medicinais são as mais eficazes para queimar gordura abdominal e emagrecer

As plantas medicinais não são boas apenas para curar doenças, segundo o sítio estrangeiro Nueva Mujer, algumas são muito boas e eficazes para queimar gordura abdominal e podem ajudar a emagrecer.
Dessa forma, você pode perder peso naturalmente e com algo que estará ao seu alcance todos os dias.

Alcachofra / Esta erva contém nutrientes poderosos e, se você preparar uma infusão com as folhas para tomá-la com o estômago vazio, ajudará a dissolver a gordura depositada no abdômen.

Chá verde / O chá verde é ideal para queimar gordura abdominal se você a ingere diariamente, pois proporciona uma sensação de saciedade e reduz o volume do abdômen muito rapidamente. Também é aconselhável tomá-lo com o estômago vazio.

Canela / Esta planta é muito eficaz para perda de peso, pois possui grandes poderes na dissolução da gordura abdominal se você a toma com o estômago vazio e verá os resultados muito em breve.

Dente de leão / Esta erva ajuda a limpar o corpo e facilita a eliminação de líquidos, gorduras e toxinas, por isso é importante tomar várias infusões por dia para queimar gordura da barriga.

Portanto, se você deseja perder peso e usar um abdômen plano, deve ter essas plantas em casa para tomar infusões todos os dias e se você as acompanhar com exercícios e uma dieta equilibrada verá os resultados em breve.
Por Rodrigo Almeida

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Estudo de câncer reacende debate sobre mamografias periódicas

O diagnóstico de câncer de mama em mulheres com menos de 40 anos é raro, representa em torno de 10% de todos os casos registrados. Mas, quando ocorre nessa faixa etária, a doença tende a ser mais agressiva. Nesse cenário, um novo estudo brasileiro reacende o debate sobre a partir de qual idade elas devem começar a fazer a mamografia periodicamente.
A pesquisa Amazona III foi feita com 2.950 mulheres, de 22 centros de saúde em nove Estados, que descobriram o tumor entre janeiro de 2016 e março de 2018. Os resultados mostram que 43% delas tinham idade inferior a 50 anos no momento do diagnóstico. Das que tinham menos de 40 anos, 36,9% estavam no estágio 3 da doença, considerado localmente avançado.
O estudo foi conduzido pelo Grupo Latino-Americano de Oncologia Cooperativa (Lacog, na sigla em inglês), organização não governamental que reúne 147 pesquisadores de 70 instituições, juntamente com o Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama e apoio do Instituto Avon. O trabalho começou em 2016 e as participantes serão acompanhadas até 2021 para avaliação de tratamentos, cirurgias, possível retorno da doença e taxa de sobrevida.
O Ministério da Saúde recomenda a mamografia a partir dos 50 anos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indica o exame a partir dos 40 - antes disso, só para grupos de risco. “Se na consulta o médico perceber se tratar de caso familiar, que tem mutação genética, começamos o rastreamento a partir de 25 anos com mamografia e ressonância magnética”, afirma Vilmar Marques, vice-presidente da SBM. Ambas as orientações se baseiam na análise de estudos clínicos.
Em outros países, a recomendação também varia. A Sociedade Americana de Câncer, por exemplo, apontava a necessidade do exame a partir de 40 anos. Mas, em 2015, a entidade mudou esse patamar para 45 anos.
Segundo Gustavo Werutsky, diretor científico do Lacog, o problema é que pelo menos um terço dos casos de câncer de mama afeta mulheres antes dos 50 anos - 34,8% das participantes do estudo tinham entre 36 e 50 anos no momento do diagnóstico. “Essa população precisa de rastreamento. Estamos perdendo um terço das pacientes”, afirma ele, que também trabalha no setor de Oncologia do Hospital São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Chefe da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Arn Migowski alerta que a amostra do estudo é pequena e representa menos de 2% dos casos de câncer de mama no País, estimados em 60 mil por ano. Dados do Inca, ligado ao Ministério da Saúde, indicam leve tendência de queda na incidência da doença em mulheres de 40 a 49 anos, de 2000 a 2010. Na faixa etária de 20 a 39 anos, houve estabilidade.
De acordo com ele, existem riscos na indicação de rastreamento antes dos 40 anos, quando não há sintomas. “A mamografia é um exame de acurácia ruim para mulher jovem por causa da maior densidade da mama. Isso aumenta os resultados errados e acaba irradiando muito a mulher desnecessariamente”, diz Migowski.
Diagnóstico tardio
Além de recomendar o exame para mulheres entre 50 e 69 anos, o Ministério da Saúde orienta que ele seja feito a cada dois anos. Outro dado do estudo que chamou a atenção dos pesquisadores é que, do total de mulheres, 34% descobriram o câncer ao fazer exame de rotina, sem ter tido sinais ou sintomas prévios.
“É preocupante porque, com outros dados recentes, mostra que a gente, na verdade, não tem cobertura ideal de rastreamento do câncer de mama”, aponta Werutsky. Ele indica três razões: falha em educar as pacientes, dificuldade de acesso ao exame e não realização dos exames. O primeiro e terceiro motivos estão conectados, uma vez que, se a mulher desconhece a doença, tende a não dar importância ao diagnóstico precoce. E percepções equivocadas sobre o câncer de mama são expressivas.
Pesquisa deste ano, feita pelo Ibope Inteligência a pedido da Pfizer com 2 mil brasileiros, apontou que quase 80% das pessoas acreditam que o toque nas mamas é a principal medida para identificar a doença em estágios iniciais. Muitas vezes, porém, quando o tumor é palpável, já está em níveis avançados. Além disso, 25% das ouvidas estão convencidas de que a mamografia só é necessária se exames prévios indicarem alterações.
No caso da analista de vendas Fabiana Farias, de 40 anos, o câncer só foi detectado, há um ano e meio, porque ela realizava exames pré-operatórios para colocar prótese mamária. “No ultrassom não apareceu nada. Quando eu fiz a mamografia, apareceu calcificação suspeita. Era inicial, mas estava completamente espalhada na mama”, conta ela.
Ao saber que, no futuro, a outra mama até então saudável poderia ser afetada, Fabiana decidiu fazer uma adenomastectomia (remoção completa) nas duas mamas. O procedimento é preventivo e conserva pele, aréolas e mamilos. “Não era mais estética, era saúde.”
Na questão do acesso ao exame de mamografia, o Brasil tem cerca de 5 mil mamógrafos espalhados pelo território, mais do que a proporção recomendada que é de um para cada 240 mil habitantes. A desigualdade na distribuição dos equipamentos, porém, é um desafio.
Estudo publicado em fevereiro pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem mostra que, no Sistema Único de Saúde (SUS), com 2.102 aparelhos disponíveis no País, o Estado de São Paulo é o mais privilegiado (402 mamógrafos) enquanto o Amapá tem o maior déficit (com dois, sendo que o ideal seriam três). Soma-se a isso a demora em agendar consultas e exames no sistema público.
Rede de atendimento interfere no diagnóstico
Ser atendido no Sistema Único de Saúde (SUS, a rede pública) ou na área privada faz diferença quanto ao diagnóstico do câncer de mama. No SUS, 33% das mulheres foram diagnosticadas com estágio 3 da doença, considerado localmente avançado. Na rede privada, o número cai para 14%. Os dados são da pesquisa Amazona III.
Níveis mais leves do câncer foram mais prevalentes na rede privada de saúde (41% com estágio I). “Isso é universal. Em países desenvolvidos, há menos prevalência de câncer de mama avançado ou metástase. Em países pobres, a prevalência é de 30% a 40% de diagnóstico grave”, diz Débora Gagliato, oncologista da BP - a Beneficência Portuguesa de São Paulo.
A especialista concorda que o acesso, não só à mamografia, é difícil em nações em desenvolvimento, como o Brasil. “Uma vez que a paciente tem alteração na mamografia, até ter biópsia realizada pode ter um tempo muito grande. E sabemos, claramente, que tempo para tratamento é igual à cura. Pacientes que demoram a começar quimioterapia preventiva têm maior chance de morte por causa da doença”, diz.
"Campanhas de educação são importantes para que a mulher tenha noção de que o exame salva vidas, mas é preciso ampliar a disponibilidade de acesso ao SUS”, complementa Débora.
Sabe-se que tumores em estágios mais avançados tendem a ter tratamento mais custoso. Além do maior uso de medicações, há maior probabilidade de efeitos colaterais.
Fabiana Farias não tinha casos de câncer de mama na família. Como trabalha em uma empresa que sempre orientava sobre a saúde feminina, ela decidiu iniciar o rastreamento anual por volta de 26 anos.

Quando o diagnóstico do câncer em estágio inicial veio aos 39 anos, ela teve de fazer apenas cirurgia. “Se eu não fizesse mamografia naquele tempo, se tivesse de esperar os 40 anos, poderia ser invasivo e com risco de metástase”, afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Saúde busca imunizar mais de 9 milhões de jovens contra o sarampo

Com foco na população jovem, com idade entre 20 e 29 anos, o Ministério da Saúde iniciou hoje (18) a segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo.
De acordo com o ministério, 9,4 milhões de brasileiros fazem parte desse grupo etário.
"Nesta idade, os jovens não costumam ir aos postos de saúde, pois geralmente não ficam doentes. Esse é um ponto importante: precisamos ter uma estratégia diferente com essa população", disse o ministro interino da Saúde, João Gabbardo.
O objetivo da campanha, que teve R$ 7 milhões em investimentos nesta fase, é imunizar pelo menos 9 milhões de pessoas.
Os dados mais recentes da pasta da Saúde mostram que jovens nessa faixa etária são maioria entre os casos registrados – respondem por 30,6% do número total de casos de sarampo este ano no Brasil. E, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pelo ministério, são também o maior vetor em potencial da doença.
O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, ressaltou explicou que mesmo os jovens que acreditam já ter tomado a vacina em anos anteriores devem procurar postos de saúde para atualizar a dose.
Wanderson explicou que registros antigos da imunização contra sarampo pode estar incompletos ou incorretos. "É muito difícil encontrar na caderneta de vacinação o registro de ‘vacina contra sarampo’. Então, caso o jovem tenha dúvida, é melhor que vá à unidade de saúde para avaliar se aquela vacina era realmente a tríplice viral."

Cobertura ampliada


Apesar do recente reaparecimento do sarampo e do aumento significativo de registros da doença, o Ministério da Saúde tem feito amplas campanhas para combater a desinformação.

Na primeira fase da mobilização, que teve crianças de 6 meses a 5 anos como foco, 16 estados superaram a meta de imunização, que era de 95%. O número de municípios que têm a taxa de imunização alta também subiu: pulou de 32% para 78%.

Dia D

A segunda fase da campanha vai até 30 de novembro, Dia D da Vacinação contra o Sarampo. Assim como na primeira fase, o Dia D será de trabalho intenso para que seja possível cobrir a maior parte possível. da população-alvo.
“Sugerimos a gestores municipais e estaduais, empresários, donos de escolas e comerciantes que liberem funcionários mais cedo para tomar a vacina”, disse Gabbardo.
Há, entretanto, uma ressalva para o público-alvo da campanha. Gestantes na faixa etária não devem se vacinar contra sarampo, já que o método de imunização se dá por uma versão atenuada do vírus.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Você conhece os sintomas de um AVC? Socorro precisa ser imediato

AVC (acidente vascular cerebral), popularmente conhecido como “derrame”, acontece quando o suprimento de sangue que vai para o cérebro é interrompido ou drasticamente reduzido, privando as cédulas de oxigênio e de nutrientes. Ou, então, quando um vaso sanguíneo se rompe, causando uma hemorragia cerebral. Entre as causas dessas ocorrências, estão a malformação arterial cerebral (aneurisma), hipertensão arterial, cardiopatia, tromboembolia (bloqueio da artéria pulmonar).
Há dois tipos de AVCs:
  • Acidente vascular cerebral isquêmico – causado pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro, o que causa a falta de circulação vascular na região. Este tipo de AVC corresponde a 85% dos casos.
  • Acidente vascular cerebral hemorrágico – acontece quando um vaso se rompe espontaneamente e há extravasamento de sangue para o interior do cérebro. Este tipo de AVC está mais ligado a quadros de hipertensão arterial.

  • Os principais fatores de risco para a ocorrência de um AVC são:
Sintomas de um AVC
É importante saber identificar quando um AVC está ocorrendo e buscar imediatamente o hospital, a intervenção médica imediata é fundamental para evitar e diminuir sequelas. “O início de um AVC é súbito e o atendimento precisa ser imediato para que o paciente não perca a vida e as consequências sejam as menores possíveis”, explica a médica Letícia Rabello, neurologista do Hospital Brasília. Quanto mais cedo forem tratados o acidente vascular cerebral isquêmico e o acidente vascular cerebral hemorrágico, melhores são os prognósticos do paciente.
Os principais sintomas do AVC são:

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Começa a ser vendido teste para detectar Zika desenvolvido por pesquisadores da USP

Começa a ser comercializado em todo o país o teste para diagnóstico do Zika vírus, desenvolvido por pesquisadores da USP. 
O novo teste já foi aprovado pela Anvisa e já está sendo produzido em escala industrial. 
O exame foi desenvolvido por pesquisadores da USP - Universidade de São Paulo - e a novidade é que ele consegue diferenciar os anticorpos do Zika vírus dos da dengue.
Os vírus que causam as duas doenças são muito parecidos. Na prática, isso significava que uma pessoa que já teve dengue não consegue confirmar se estava infectada com o zika vírus.

Para o pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas, Edison Luiz Durigon, o teste vai facilitar o diagnóstico de Zika nas mulheres que foram infectadas durante a gravidez e, com isso, prevenir sequelas nas crianças que nascem com o vírus, mas sem a microcefalia.

“Uma criança que nasce com microcefalia tem todo um seguimento. Mas a que não nasce sem a microcefalia ela muitas vezes é considerada normal, e muitas vezes não é. Com esse teste a gente consegue monitorar uma gestante na gravidez, e se ela tiver Zika na gravidez, o teste acusa. E aí muda-se a conduta médica. Porque aí você ´pode seguir essa criança, fazer ressonância, colocar ela com psicólogo, fono, coisas desses tipo, para levar essa criança dentro de um padrão normal de infância e adolescência”.

Sem acompanhamento, as crianças podem apresentar problemas no desenvolvimento motor e cognitivo. 

A pesquisa do novo teste foi financiada pela Fapesp, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, e pela Finep, empresa pública que financia a inovação no setor privado. 
Elas lançaram um edital no começo de 2016 que selecionou seis empresas interessadas em investir em tecnologia contra o Zika Vírus e a Dengue. Foram investidos R$ 10 milhões. 
Uma das empresas selecionadas no edital fica no interior de São Paulo e é agora responsável pela produção comercial do teste.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Saúde visual da criança e aumento da miopia preocupam oftalmologistas

A saúde visual da criança e o aumento "alarmante" dos casos de miopia estão entre as principais preocupações dos oftalmologistas no Brasil. Hoje (10) comemora-se o Dia Mundial da Visão.
Segundo o médico César Lipener, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o desenvolvimento visual ocorre nos primeiros anos de vida, e a visão atinge a maturidade entre 5 e 6 anos de idade.
“Quando não existe um exame mais precoce, muitas vezes, a criança pode ter algum problema. A criança não se queixa, os pais não percebem, e essa avaliação, quando não é feita a tempo, pode acarretar sequelas ou dificuldades que a criança vai acabar levando para o resto da sua vida”, disse Lipener, em entrevista à Agência Brasil.
De acordo com Lipener, as crianças devem fazer uma avaliação oftalmológica de preferência na idade pré-escolar porque, muitas vezes, os pais não percebem suas dificuldades ou têm a falsa impressão de que elas enxergam bem. “Se houver alguma coisa que chame a atenção, uma hereditariedade muito importante, pais com estrabismo ou com alto grau, a consulta deve ser mais precoce ainda, até no primeiro ano de vida”, afirmou o médico.
Ele destacou que, “felizmente”, os pediatras e as escolas estão ajudando os oftalmologistas, e as crianças estão começando a ter avaliações um pouco mais precoces. O principal, entretanto, é a conscientização dos pais sobre a necessidade da consulta oftalmológica precoce.

Miopia

Segundo Lipener, o número de pessoas míopes vem aumentando em todo o mundo. Ele citou estudos que relacionam a atividade visual de perto com o aumento dos casos da doença, vinculado ao uso de telas de computadores, tablets e smartphones e lamentou que hoje as crianças comecem a manipular esses aparelhos cada vez mais cedo. “Essa é outra preocupação desestimular o uso intenso e precoce de tais aparelhos, trocando-os por atividades ao ar livre. É um fator que, no mundo inteiro, mostrou-se eficaz para diminuir a evolução da miopia. A gente até brinca que, hoje, a chupeta é o celular”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, em 2020, a miopia atingirá cerca de 35% da população mundial. As projeções indicam que, em 2050, o percentual chegue a 52%.

No Brasil, o Instituto Data Popular estima que mais de 20 milhões de pessoas tenham problemas de visão, o que corresponderia a cerca de 10% da população. Em muitos casos, isso ocorre porque as pessoas não têm acesso a óculos de grau.

Atualmente, a miopia acomete uma em cada três pessoas no mundo, tornando-se o erro de refração com mais necessidade de prescrição, segundo a OMS. Na Ásia, 90% dos jovens de 20 anos de idade já são míopes, informou Lipener. “A ideia é retardar a evolução [da miopia] e evitar complicações como problemas degenerativos e de retina. Se conseguirmos atrasar a evolução um pouquinho, já teremos um ganho considerável.”

No Brasil, estima-se que 80% das crianças em idade escolar nunca fizeram exames oftalmológicos. De acordo com Lipener, a miopia é um problema que tende a progredir com o passar dos anos e pode ter como consequência prejuízos no aprendizado ou falta de socialização da criança. “O diagnóstico é simples, e atualmente existem opções de tratamento que podem ajudar a retardar a progressão da miopia.”
Outro problema é a visão subcorrigida, quando a pessoa usa óculos incorretos, ou não os usa quando necessário. O hábito de fazer exames oftalmológicos deve ser estendido da infância até a vida adulta, incorporando-se à rotina de cuidados com a saúde. O site Put Vision First (Ponha a Visão em Primeiro Lugar), lançado mundialmente, traz informações para o público leigo e destaca a necessidade de uma rotina de cuidados e de visitas regulares ao médico oftalmologista.

Refugiados

Parte da programação do Dia Mundial da Visão, o projeto Como Você Vê o Mundo, destinado à população que precisa de cuidados oculares, mas não pode pagar pelo serviço, entrega hoje 107 óculos a pessoas inscritas no Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio da Cáritas do Rio de Janeiro. A iniciativa resulta de parceria entre os institutos Ver & Viver e Nissan. O projeto foi lançado em 2015 e já beneficiou mais de 30 mil crianças e jovens em todo o Brasil, oferecendo também óculos a mais de 3,5 mil motoristas profissionais.
A diretora do Instituto Ver & Viver, Sandra Abreu, disse à Agência Brasil que esta é a primeira vez que a organização distribui no Rio de Janeiro óculos para correção visual a refugiados de várias procedências. Ela informou que a extensão desse atendimento para outras partes do país está sendo discutida para que se possa levar correção visual a refugiados em diversos estados, porque isso "muda a vida das pessoas”. Na próxima segunda-feira (14), crianças, pais e responsáveis atendidos pelo Instituto Ronald McDonald vão receber 60 óculos completos.
A entrega dos óculos é a terceira etapa da ação social que oferece acesso ao ciclo completo da correção visual. Dos 103 atendidos na triagem, 64 foram encaminhados para consulta oftalmológica. “A iniciativa tem corrigido [a visão de] milhares de pessoas no Brasil, especialmente no estado do Rio de Janeiro”, ressaltou Sandra.
De acordo com Sandra, a prioridade é a população de baixa renda, seja nos segmentos mais voltados para a educação, seja no campo dos motoristas profissionais, dentro da campanha pela direção mais segura. Estatísticas mundiais demonstram que 59% dos acidentes de trânsito poderiam ser evitados se as pessoas estivessem corrigidas visualmente, disse a diretora do Instituto Ver & Viver.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Câncer de mama cresce no Brasil, mas mortalidade diminui; estudo do INCA revela desigualdades

O número de casos novos de câncer de mama no Brasil está aumentando. Por outro lado, a taxa de mortalidade pela doença vem diminuindo. A constatação é resultado de uma análise da área técnica do INCA, Instituto Nacional de Câncer, apresentada nesta segunda-feira, durante cerimônia de lançamento da campanha Outubro Rosa. 
O estudo levou em consideração dados já divulgados da doença que mostram que, em 2018, o Brasil ficou na segunda faixa mais alta de incidência de câncer de mama, com quase 63 casos a cada 100 mil mulheres. 
Já em relação a taxa de mortalidade pela doença, o país figurou na segunda faixa mais baixa. A taxa de 13 óbitos por 100 mil pacientes deixou o Brasil ao lado de países desenvolvidos como Estados Unidos, Canadá e Austrália, e à frente de outros, como França e Reino Unido. 
A chefe da Divisão de Pesquisa Populacional do INCA, Liz Almeida, ressalta que esse cenário evidencia que, apesar do aumento na ocorrência da enfermidade, o sistema de saúde vem respondendo aos esforços para salvar vidas. 
Entre os estados brasileiros, o Rio de janeiro foi o que registrou as maiores taxas tanto de incidência quanto de mortalidade por câncer de mama. De acordo com a pesquisadora, fatores de risco associados ao estilo de vida explicam o resultado negativo. 
“O Rio de Janeiro, pela pesquisa do Vigitel para 2018, é o campeão de inatividade física nas mulheres; de obesidade nas mulheres; e de, nos momentos livres, ficar no computador, tablet, celular. Então não estamos fazendo o dever de casa”. 
Ainda de acordo com Liz Almeida, a taxa de mortalidade por câncer de mama está ligada diretamente ao acesso ao diagnóstico e tratamento adequado. 
Já a incidência se refere a fatores de riscos demográficos, ambientais ou hereditários, que podem ou não ser evitados. 
Ambos os indicadores revelam desigualdades regionais e de escolaridade no país. Nas regiões Sul e Sudeste, cerca de 30% dos casos são diagnosticados em estágio inicial, enquanto no Nordeste, esse número cai para 12,7%. 
E ainda: dados da última Pesquisa Nacional de Saúde, feita em 2013, mostram que apenas 38,7% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram mamografias de rastreamento na região Norte, contra 67,9% no Sudeste. 
A chefe da divisão de pesquisa do INCA ressalta a importância de toda mulher estar atenta aos sinais e ao próprio corpo. 
“Nosso corpo nos envia mensagens igual a um Whatsapp. E a gente precisa receber e responder, não só receber. Então esse cuidado permanente com a nossa saúde tem que ser uma tônica, precisamos falar nisso todos os dias”. 
Diagnosticada com câncer de mama em 2015, Valquíria dos Reis, de 51 anos, conta que depois da remissão da doença, ela mudou de profissão, adotou um estilo de vida mais saudável e manteve a participação nos grupos de apoio e redes de solidariedade. 
“É o que eu falo para as mulheres sempre: elas têm que estar sempre cuidando do seu corpo, Sempre com uma alimentação melhor; o sedentarismo é um problema muito sério, a gente tem que estar sempre fazendo um exercício físico; e quando você receber qualquer diagnóstico, procure apoio dos seus familiares e dos seus médicos e confiem nos médicos, esquece de fazer pesquisa na internet”. 
O câncer de mama é segundo tipo que mais acomete as brasileiras. Ainda segundo o INCA, são estimados quase 60 mil novos casos este ano no Brasil. Diante deste cenário, o Instituto ressalta a importância de campanhas de alerta sobre os riscos da doença e os benefícios dos exames de rotina.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Saiba quais são os sintomas do sarampo

A vacinação é a única forma de evitar o contágio pelo sarampo, que não tem tratamento. Causada por um vírus, a doença pode deixar sequelas irreversíveis ou levar à morte. Quem está contaminado pode passar a doença para outras pessoas apenas pela tosse, espirro, ou falando perto de alguém. 
Quem tem o vírus do sarampo no organismo apresenta sintomas como febre com tosse, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido e muito mal-estar. Depois de alguns dias, os sintomas pioram e começam a aparecer manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas, que vão se espalhando pelo corpo. 
Se depois das manchas, a febre continuar, é um sinal de alerta e indica que o caso pode ser grave, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade. 
Na infância, o sarampo pode gerar complicações e o desenvolvimento de doenças como pneumonia, otite aguda, encefalite aguda e até mesmo a morte. 
Atualmente, com o surto do sarampo de perfil que circula no estado de São Paulo, o Ministério da Saúde alerta para os sintomas citados: quem apresentar essas reações e esteve no estado antes dos sintomas, deve informar isso ao serviço de saúde. 
A doença não tem tratamento específico, mas o mal-estar causado pode ser amenizado com os cuidados médicos. 
As vacinas contra o sarampo são oferecidas de graça, em mais de 30 mil salas de vacinação espalhadas em todo o Brasil. O Brasil era um dos países livres do sarampo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Este ano perdeu o título, depois do surto de 2018. 
Para voltar a ser livre da doença, o Brasil precisa ficar um ano sem a circulação ativa do vírus.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

MPF pede aos médicos que não tomem decisões contra vontade da mulher na gravidez

Eliane Gonçalves

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que o Conselho Federal de Medicina (CFM) não coloque em prática a resolução que permite aos médicos tomar decisões na gestação e no parto contra a vontade das mulheres.
A resolução foi publicada no dia 16 de setembro. O texto diz que as decisões terapêuticas cabem ao médico e que as mulheres que se recusarem a seguir as recomendações podem ser enquadradas na figura do abuso de direito.
A recomendação assinada por 16 procuradores de vários estados diz que a resolução do CFM é ilegal e que a autonomia da mulher no tratamento deve ser respeitada, como explicou a procurada Ana Previtalli.
Segundo a procuradora, a decisão desrespeita o Código Civil, o Código Penal e vários artigos do Código de Ética Médica.
Em nota, a Rede Feminista de Ginecologistas e Obstetras diz que a resolução dá aos médicos o poder de realizar procedimentos à força e que não havendo risco iminente de vida para a mulher, ela tem o direito de recusar quaisquer procedimentos sobre seu corpo.
Existe o receio de que a resolução incentive práticas como a episiotomia, o corte feito no períneo no momento do parto, ou a manobra de Kristeller, que pressiona a barriga da mulher para acelerar o parto. Dois exemplos de práticas ainda utilizadas no Brasil e que deixaram de ser recomendas pela OMS, a Organização Mundial de Saúde.
Já a Sogesp, a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, diz que no cômputo geral a resolução do CFM ajuda, mas pode acirrar ainda mais o litígio entre médicos e pacientes, como explicou Paulo Nicolau, da Comissão de Defesa Profissional da Associação.
Em nota, o Conselho Federal de Medicina afirma que não identifica inconstitucionalidade em considerar abuso de poder a recusa terapêutica por parte da mãe, quando há perigo de vida para o feto e que caberá à Justiça definir os procedimentos a serem tomados nos casos de discordância entre o médico e a mulher.
O CFM tem 30 dias para responder ao Ministério Público. Se a recomendação do conselho continuar em vigor, os procuradores vão acionar os médicos na Justiça.

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Tristeza profunda e constante pode ser depressão

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Saúde discute ações para combater a obesidade no Brasil

O Ministério da Saúde pretende atacar o problema da crescente obesidade no Brasil, principalmente a obesidade infantil, com muita informação sobre a alimentação saudável, mais atividade física dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) e incentivo à rotulagem informativa, disse o ministro Henrique Mandetta.
O ministro tratou do assunto com representantes do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), durante reunião em Brasília, nessa quinta-feira (5).
A Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, divulgada no fim de julho pelo do Ministério da Saúde, registrou crescimento considerável de excesso de peso entre a população brasileira.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Segundo o levantamento, no Brasil, mais da metade da população, 55,7% tem excesso de peso. Um aumento de 30,8% quando comparado com percentual de 42,6% no ano de 2006. O aumento da prevalência foi maior entre as faixas etárias de 18 a 24 anos, com 55,7%. Quando verificado o sexo, os homens apresentam crescimento de 21,7% e as mulheres 40%.
Mandetta ressaltou que o combate à obesidade é uma aposta do Ministério da Saúde e considera essencial o apoio das sociedades médicas. “Nós vamos atacar a obesidade com muita informação sobre alimentação saudável, atividade física e rotulagem informativa. Tem que ser um desafio geracional e uma política sustentável ao longo do tempo, assim como foi com o tabaco. O apoio das entidades médicas é essencial”, disse.
“Compartilhamos com ele o fato que isso é uma informação que tem que entrar na Atenção Primária. Programa de Família, é lá que a gente tem que começar a como tratar alguém para que não tenha excesso de peso na vida. Obesidade é uma doença crônica, não é transmissível, ela não tem cura, tem controle”, acrescentou o presidente da Abeso, Mário Carra.
Guia Alimentar
O Guia Alimentar para a População Brasileira é uma importante ferramenta para incentivar a alimentação saudável. A publicação é o principal orientador de escolhas alimentares mais adequadas e saudáveis pela população, baseado principalmente no consumo de alimentos in natura ou minimamente processados. As informações também são úteis para a prevenção e controle de doenças específicas, como a obesidade, a hipertensão e o diabetes.
A pesquisadora do Idec Ana Paula Bortoletto disse que o Guia traz uma perspectiva nova, abrangente, de qualidade, baseado em evidências, com recomendações muito fáceis de compreensão para os consumidores escolherem alimentos de verdade, evitando o consumo de produtos os ultraprocessados. “Acho que um desafio ainda é disseminar as orientações do Guia para a população como um todo, para que as pessoas tenham acesso à informação qualificada”.
Reduzir o açúcar
Para incentivar a alimentação adequada e saudável, o governo brasileiro se comprometeu a reduzir 144 mil toneladas de açúcar de bolos, misturas para bolos, produtos lácteos, achocolatados, bebidas açucaradas e biscoitos recheados. O acordo segue o mesmo parâmetro do feito para a redução do sódio, que foi capaz de retirar mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos.

domingo, 25 de agosto de 2019

Sarampo / Normalmente a vacina é aplicada a partir dos 12 meses.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Menopausa - Saiba o quê é - Saúde em Movimento

Menopausa - Saiba o quê é
O que é Menopausa?

A menopausa se refere a um episódio único, ou seja, o evento da última menstruação espontânea, caracterizando o fim da fase reprodutiva da mulher. O climatério, por sua vez, é o período de transição entre os anos férteis da mulher e sua senilidade.

A característica básica da menopausa é a falência completa da função ovariana, levando a uma deficiência de hormônios, principalmente o estrógeno e a progesterona.

Sintomas e efeitos a curto, médio e longo prazos
Apesar de ser um fenômeno natural, a menopausa causa importantes efeitos sobre a saúde feminina. Os efeitos a curto prazo (pré-menopausa) são: ondas de calor, sudorese, palpitação e sensação de tontura. A médio prazo (peri-menopausa) podem ocorrer os seguintes efeitos: atrofia vaginal e cutânea (rugas), alterações urinárias e alterações psicológicas. Os efeitos a longo prazo (pós-menopausa) são alterações ósseas e cardiovasculares.
Causas da menopausa

No Brasil, cerca de 14% da população feminina encontra-se no climatério. A menopausa pode ser precoce e tardia, podendo também ser causada por:
  • tendência familiar;
  • fibromas uterinos;
  • diabetes mellitus;
  • tumor estrogênico do ovário;
  • retirada cirúrgica (histerectomia).
O fim da vida reprodutiva não significa mais o começo do fim. Ao contrário, é o marco inicial de uma nova fase da vida, com desafios únicos e novas oportunidades.

Tratamento

Para muitas mulheres, o climatério é um dos fatos da vida e assim deve ser encarado passivamente. Esta postura se modifica na medida em que existam mais esclarecimentos com relação aos riscos e benefícios da terapia a longo prazo.

A maior preocupação das mulheres dá-se em torno do alívio dos sintomas vasomotores (fogachos), sintomas psíquicos (depressão) e, eventualmente, sintomas geniturinários (dispareunia e secura vaginal). Para a maioria delas, esses são os sintomas que as levam a buscar orientação médica, e não os aspectos crônicos, como a prevenção da osteoporose e das doenças cardiovasculares (DCV).

A terapia de reposição hormonal é indicada para as mulheres com deficiência hormonal, sem anormalidades uterinas e contra-indicações, com finalidades curativas e preventivas, logo após o início dos sintomas.

Os estrogênios não devem ser administrados a pacientes com história de câncer de mama ou de endométrio, moléstia hepática em atividade ou problemas tromboembólicos ou que apresentem hipertensão arterial.

Esquema da terapia e formas de reposição hormonal

Vários esquemas são propostos, cabendo ao médico o poder de decidir qual será o de sua preferência para cada caso.
  • Estrogênio cíclico: apenas em mulheres histerectomizadas. Em mulheres com útero intacto, deve-se repor o progestogênio no mínimo por 12 dias.
  • Estrogênio contínuo: apenas em mulheres histerectomizadas.
  • Estrogênio cíclico associado a progestogênio cíclico: evita hiperplasia endometrial, porém no intervalo livre da medicação a sintomatologia do climatério retorna.
  • Estrogênio contínuo associado a preogestogênio cíclico: este esquema é o mais aceito pelos médicos. A paciente recebe estrogênio diariamente e progestogênio nos últimos 12 dias do mês. Em geral o sangramento ocorre ao redor do final do mês.
  • Estrogênio e progestogênio contínuos: este esquema está proposto para aquelas pacientes que não queiram sangrar.
  • Progestogênio cíclico ou contínuo: utilizado para pacientes com contra-indicações (câncer de mama, por ex.) ou que apresentem efeitos colaterais ao estrogênio.
As principais formas de reposição estrogênica são: via oral (comprimidos) e via parenteral (injeções, cremes vaginais e terapia transdérmica).
Menopausa - Saiba o quê é - Saúde em Movimento

terça-feira, 9 de julho de 2019

Os sintomas do sarampo, doença que pode matar e voltou a assustar no Brasil - Notícias - R7 Saúde

Apesar de existir uma vacina segura e barata contra a doença, o sarampo ainda causa mais de 100 mil mortes por ano no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, a doença havia sido completamente erradicada em 2016, mas voltou com força em 2018 graças à diminuição da cobertura de vacinação.
Em 2018, foram mais de 10 mil casos de sarampo confirmados no país todo, de acordo com o Ministério da Saúde. E neste ano, até 5 de junho, o Brasil registrou 123 casos.
Quem é vacinado está imunizado e não corre o risco de contrair a doença. "Basta não estar imunizado e você tem risco de se contaminar", afirma a médica Lessandra Michelin, coordenadora do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Mas há um grupo grande de pessoas que não podem receber a vacina por causa de eventuais riscos à saúde. Entre eles, crianças menores de um ano, pessoas com o sistema imunológico comprometido, grávidas e idosos que não foram vacinados antes e pessoas com alguns tipos de alergia.
O sarampo é uma doença grave e altamente contagiosa causada por um vírus. Ele é transmitido da mesma forma que o vírus da gripe, de pessoa para pessoa, através do contato direto e pelo ar. O vírus pode ficar no ar ou em superfícies por horas.
Segundo a Organização Pan Americana de Saúde (Opas), os sintomas mais comuns são tosse persistente, febre, corrimento no nariz, irritação nos olhos e mal-estar extremo. Logo depois do surgimento desses sintomas iniciais, também costumam aparecer manchas avermelhadas na pele do rosto, que progridem para as pernas, e manchas brancas dentro da bochecha. Também podem ocorrer febre, conjuntivite, convulsões e perda do apetite.
"Doenças respiratórias, como resfriados, não tem como sintomas irritação nos olhos e manchas na pele e na boca. Então a presença desses sintomas, em conjunto com a tosse, a coriza ou a febre deve ser um sinal de alerta", explica Michelin.
Nesse caso, diz a infectologista, é extremamente importante procurar um médico.
Casos graves de sarampo sem tratamento podem ter consequências que afetam a pessoa para o resto da vida – desde cegueira e perda auditiva a danos cerebrais permanentes, diz a Opas.
"O risco da doença levar a complicações de saúde - e até mesmo à morte - é maior em crianças pequenas, mas eu já vi acontecer com pessoas em diversas situações", diz ela.
O sarampo ainda é uma grande causa de mortalidade infantil em muitos países de baixa renda, apesar de se acreditar que a vacina evitou mais de 20 milhões de mortes entre 2000 e 2017
Sintomas Tosse persistente Corrimento no nariz Irritação nos olhos Mal-estar Febre Conjuntivite Convulsões Perda do apetite Manchas avermelhadas na pele do rosto Manchas brancas dentro da bochecha
Embora a doença não tenha um tratamento específico - como antivirais que combatam especificamente vírus do sarampo - o acompanhamento médico, a ingestão de líquidos e o controle da febre são importantes para evitar complicações.
Entre essas complicações podem estar meningite e pneumonia, por isso o acompanhamento médico para monitorar o avanço da doença é importante, explica Michelin.
Calendário de vacinação
Para evitar a doença, é importante seguir o calendário de vacinação em crianças disponibilizado pelo Ministério da Saúde.
A vacina contra sarampo faz parte da tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), cuja primeira dose deve ser tomada aos 12 meses de idade. A segunda dose deve ser tomada entre os 12 e 19 anos. Aos 15 meses, deve ser tomada a vacina tetra viral (contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela), em dose única. As vacinas estão disponíveis de graça no Sistema Único de Saúde (SUS).
Se você não sabe se já tomou a vacina porque não tem o registro de sua vacinação na infância, deve se vacinar mesmo assim - uma dose adicional não gera nenhum tipo de risco para a saúde, explica Michelin.
A vacina é contraindicada para mulheres grávidas, pessoas que receberam transplante ou que estejam com o sistema imunológico deprimido. Pessoas acima de 60 anos devem consultar um médico.
Pessoas que sofrem de alergias devem procurar um médico ou serviço de saúde para saber se podem ou não tomar a vacina. "A maioria das alergias - a antibióticos, certos tipos de comida - não tem nada a ver com a vacina", diz Michelin.
Porque a cobertura de vacinação caiu?
A partir dos anos 1980, quando a vacina contra sarampo se tornou amplamente usada, o número de casos caiu significativamente no mundo – alguns países conseguiram até erradicá-lo. O Brasil ganhou o certificado em 2016, para perdê-lo dois anos depois.
Antes da ampla utilização da vacina, grandes epidemias de sarampo aconteciam de tempos em tempos. No Brasil, por exemplo, houve mais de 129 mil casos de sarampo notificados em 1986.
Nos anos 1970, havia cerca de 2,6 milhões de morte por sarampo no mundo a cada ano.
Nos últimos anos, a doença tem voltado a se espalhar pelo mundo, sem chegar, no entanto, aos níveis históricos. Houve um aumento de 31% nos casos em 2017 na comparação com o ano anterior, levando a cerca de 110 mil mortes no mundo todo.
De acordo com o Unicef (braço da ONU para a infância), 98 países registraram um aumento de casos de sarampo em 2018, com quase três quartos disso ocorrendo em 10 países.
Os novos surtos de sarampo ocorrem em locais onde a cobertura da vacinação tem caído, ou seja, onde não houve o chamado efeito de "imunização de rebanho", em que o alto número de vacinados impede que a doença alcance os não vacinados.
Os motivos da queda na vacinação variam muito de um lugar para o outro.
O movimento antivacinação influenciou muitas pessoas em partes dos Estados Unidos e da Europa. Apesar de abundantes evidências científicas a favor da vacinação, os chamados antivaxxers acreditam que vacinas são desnecessárias ou prejudiciais.
No Brasil e em países em desenvolvimento, esse movimento ainda é muito pequeno e tudo indica que a diminuição da cobertura de vacinação resultou de uma conjunção de fatores.
De acordo com dados do Datasus, coberturas vacinais com doses de reforço estão muito abaixo da meta esperada para todas as vacinas do Calendário Nacional de Imunização. No caso da tríplice viral, a segunda dose da vacina não bate a meta de vacinação, de 95%, desde 2012.
Segundo o Unicef, não há evidências suficientes para apontar um único culpado, mas as hipóteses apontam para o desfinanciamento do SUS - por causa da PEC do Teto dos Gastos -, que gerou uma diminuição nas campanhas de conscientização e diminui a disponibilidade de vacinas em algumas regiões.
"Pode ter a ver também com mudanças sociais, culturais e econômicas no mundo, como as dificuldades das famílias em imunizarem as crianças em horário comercial", disse a chefe da área de Saúde e HIV do Unicef no Brasil, Cristina Albuquerque, à BBC News em fevereiro.