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Tua Saúde

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Câncer de mama cresce no Brasil, mas mortalidade diminui; estudo do INCA revela desigualdades

O número de casos novos de câncer de mama no Brasil está aumentando. Por outro lado, a taxa de mortalidade pela doença vem diminuindo. A constatação é resultado de uma análise da área técnica do INCA, Instituto Nacional de Câncer, apresentada nesta segunda-feira, durante cerimônia de lançamento da campanha Outubro Rosa. 
O estudo levou em consideração dados já divulgados da doença que mostram que, em 2018, o Brasil ficou na segunda faixa mais alta de incidência de câncer de mama, com quase 63 casos a cada 100 mil mulheres. 
Já em relação a taxa de mortalidade pela doença, o país figurou na segunda faixa mais baixa. A taxa de 13 óbitos por 100 mil pacientes deixou o Brasil ao lado de países desenvolvidos como Estados Unidos, Canadá e Austrália, e à frente de outros, como França e Reino Unido. 
A chefe da Divisão de Pesquisa Populacional do INCA, Liz Almeida, ressalta que esse cenário evidencia que, apesar do aumento na ocorrência da enfermidade, o sistema de saúde vem respondendo aos esforços para salvar vidas. 
Entre os estados brasileiros, o Rio de janeiro foi o que registrou as maiores taxas tanto de incidência quanto de mortalidade por câncer de mama. De acordo com a pesquisadora, fatores de risco associados ao estilo de vida explicam o resultado negativo. 
“O Rio de Janeiro, pela pesquisa do Vigitel para 2018, é o campeão de inatividade física nas mulheres; de obesidade nas mulheres; e de, nos momentos livres, ficar no computador, tablet, celular. Então não estamos fazendo o dever de casa”. 
Ainda de acordo com Liz Almeida, a taxa de mortalidade por câncer de mama está ligada diretamente ao acesso ao diagnóstico e tratamento adequado. 
Já a incidência se refere a fatores de riscos demográficos, ambientais ou hereditários, que podem ou não ser evitados. 
Ambos os indicadores revelam desigualdades regionais e de escolaridade no país. Nas regiões Sul e Sudeste, cerca de 30% dos casos são diagnosticados em estágio inicial, enquanto no Nordeste, esse número cai para 12,7%. 
E ainda: dados da última Pesquisa Nacional de Saúde, feita em 2013, mostram que apenas 38,7% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram mamografias de rastreamento na região Norte, contra 67,9% no Sudeste. 
A chefe da divisão de pesquisa do INCA ressalta a importância de toda mulher estar atenta aos sinais e ao próprio corpo. 
“Nosso corpo nos envia mensagens igual a um Whatsapp. E a gente precisa receber e responder, não só receber. Então esse cuidado permanente com a nossa saúde tem que ser uma tônica, precisamos falar nisso todos os dias”. 
Diagnosticada com câncer de mama em 2015, Valquíria dos Reis, de 51 anos, conta que depois da remissão da doença, ela mudou de profissão, adotou um estilo de vida mais saudável e manteve a participação nos grupos de apoio e redes de solidariedade. 
“É o que eu falo para as mulheres sempre: elas têm que estar sempre cuidando do seu corpo, Sempre com uma alimentação melhor; o sedentarismo é um problema muito sério, a gente tem que estar sempre fazendo um exercício físico; e quando você receber qualquer diagnóstico, procure apoio dos seus familiares e dos seus médicos e confiem nos médicos, esquece de fazer pesquisa na internet”. 
O câncer de mama é segundo tipo que mais acomete as brasileiras. Ainda segundo o INCA, são estimados quase 60 mil novos casos este ano no Brasil. Diante deste cenário, o Instituto ressalta a importância de campanhas de alerta sobre os riscos da doença e os benefícios dos exames de rotina.

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