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Tua Saúde

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Câncer de colo do útero: 90% dos casos estão relacionados à incidência de HPV entre mulheres

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de colo do útero atinge mais de 16 mil mulheres no Brasil por ano, o que já faz dele o terceiro tipo de câncer mais prevalente entre a população feminina. Na Bahia, a estimativa do Inca é para 1.230 novos casos neste ano de 2020, sendo que 300 devem ser registrados na capital, Salvador. A doença é silenciosa e, por isso, em cerca de 35% dos casos acaba levando à morte. A preocupação acerca dos crescentes índices da doença aumenta quando analisado o principal causador da condição: o contágio pelo chamado papilomavírus humano – conhecido como HPV.
Mais comum tipo de infecção sexualmente transmissível em todo o mundo, o vírus HPV atinge de forma massiva as mulheres. Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus se dá na faixa dos 25 anos. Após o contágio, ao menos 5% delas irá desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos, uma taxa que preocupa os especialistas.
“A cada ano, mais de 500 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo uterino no mundo. Cerca de 300 mil óbitos ao ano são atribuídos a essa doença, o que configura um desafio na saúde mundial, apesar de se tratar de uma doença prevenível. Aproximadamente 90% dos casos ocorrem em países pobres ou emergentes, sobretudo por estratégias de implementação vacinal e programas de rastreio populacional inadequados. A mortalidade nesses países é cerca de 18 vezes maior que em países desenvolvidos. No Brasil, a taxa de mortalidade ajustada para a população mundial é de 4,70 óbitos para cada 100 mil mulheres”, revela Michelle Samora, oncologista do Grupo Oncoclínicas.
Segundo a médica, esse tipo de infecção genital é muito frequente, o que pode ocasionar alterações celulares no corpo da mulher, evoluindo para um tumor maligno. “O processo de oncogênese do HPV consiste em algumas etapas principais: infecção pelo HPV de alto risco oncogênico, acesso do vírus ao epitélio metaplásico na zona de transformação do colo uterino, persistência da infecção com integração do genoma viral ao DNA da célula hospedeira. A partir daí, o vírus passa a expressar suas proteínas relacionadas ao câncer, promovendo a imortalização celular. Como conseqüência, a depender da condição de cada indivíduo, ocorrerá o aparecimento das lesões precursoras ou mesmo o câncer”, explica.
Para Michelle Samora, a prevenção é um dos principais aliados no combate ao câncer de colo do útero. “A vacinação contra o HPV representa a melhor forma de prevenção primária. Ela resulta numa resposta imune 10 vezes mais eficiente que a viral e está disponível contra os seguintes subtipos: vacina bivalente contra HPV 16 e 18; vacina quadrivalente contra HPV 6,11,16 e 18; e a vacina nonavalente que inclui mais 5 subtipos oncogênicos os 31, 33, 45, 52 e 58. 8. Todas as vacinas possuem soroconversão próximas a 100%. A duração total do proteção ainda é incerta, estima-se em aproximadamente 9 anos; porém, estudos matemáticos indicam alta concentração de anticorpos por no mínimo 20 anos”.

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